Loading...

Briskcom - BANDA KA E BANDA KU: AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS

As telecomunicações via satélite se utilizam das ondas eletromagnéticas para transmitir os seus sinais. As ondas eletromagnéticas se propagam em diferentes frequências. A frequência de uma onda eletromagnética diz respeito ao número de oscilações que o seu . Parte do espectro eletromagnético (conjunto de todas as possíveis frequências de ondas eletromagnéticas) é dedicado especialmente para as comunicações por satélite. As frequências dedicadas às comunicações por satélite são divididas em subfaixas, chamadas de bandas.

Atualmente as Bandas Ka e Ku são as mais utilizadas e conhecidas no mercado de conectividade por satélite. Muitas pessoas têm dúvidas à respeito das principais diferenças entre estas duas bandas, bem como das vantagens e desvantagens de cada uma. Ao final deste artigo esperamos solucionar estas dúvidas.

Banda Ku vs. Banda Ka

Como dissemos na introdução, Banda Ku e Banda Ka são faixas de frequência utilizadas nas comunicações via satélite. A Banda Ku compreende a faixa de frequência entre 10.7 GHz e 18 GHz para uso comercial. E a banda Ka, por sua vez, a faixa de 27 e 40 GHz. Logo, a Banda Ka tem frequências mais altas do que a Banda Ku e isso gera algumas implicações práticas que veremos a seguir.

 

Qualidade do sinal

A primeira delas diz respeito à qualidade do sinal de telecomunicações. Isso porque quanto mais alta a frequência, mais suscetível o sinal fica de sofrer degradações causadas pelo tempo: chuva, neve, umidade alta, neblina, tempo fechado com nuvens carregadas… A degradação de um sinal se refere à redução na sua qualidade, o que se traduz em: queda na velocidade de transmissão, perda de pacotes de dados, quedas de sinal.

As quedas mais frequentes no sinal fazem com que a comunicação na Banda Ka tenha maior tempo de indisponibilidade do sinal, ou seja, tempo em que o usuário fica sem conexão. Por essa razão a Ka não é a banda mais adequada para aplicações que precisam de alta ou altíssima disponibilidade, como acontece no caso de operações em missão crítica. Em contextos de alta criticidade a utilização de bandas com frequências mais baixas como a Ku possibilita a entrega de maior estabilidade do sinal, e um sinal mais estável permite que as informações continuem trafegando mesmo sob condições climáticas adversas.

Facilidade logística

As antenas utilizadas na comunicação em Banda Ku são maiores. As antenas que operam na banda Ka têm diâmetro entre 0,75m e 1m de diâmetro. Já na banda Ku o tamanho das antenas varia entre 1,20m e 1,80m na maioria dos casos. O menor porte da antena reduz a complexidade e os custos logísticos de transporte. Afinal, quanto menores as dimensões e o peso do volume transportado, menor o custo do frete. Além disso, a instalação da antena menor é mais simples.

Custo da antena

A antena utilizada na comunicação em Banda Ka, além de menor, também é mais barata que a antena para Banda Ku.

Custo operacional e preço final:

A faixa de frequência destinada a banda Ka é bem maior do que a destinada à Ku. Enquanto a Banda Ku conta com 7.3 GHz, a banda Ka conta com 13 GHz, ou seja, quase o dobro. Isso faz com que seja possível atender mais terminais utilizando um sistema de Ka (maior faixa de frequência para alocação de terminais) e com isso tenha um menor custo de operação por terminal, se comparado a um sistema de comunicação usando Banda Ku. Sendo assim, o preço final de um link com banda Ka é menor.

Tem ainda outro aspecto que impacta no custo da banda Ka, que pode ser confundido com uma característica da banda, mas não é. A Banda Ka é mais recente do que a Ku e os satélites mais novos são construídos para fazer o reuso de frequência, e são conhecidos por satélites spot beam.

Os satélites spot beam possuem vários feixes de comunicação que reutilizam as frequências alocadas para aquele satélite. Já os os tradicionais satélites wide beam, possuem um ou alguns pouco feixes, que cobrem grandes áreas sem reuso da frequência. É importante destacar que os satélites spot beam utilizam em cada feixe um “pedaço da frequência” e o mesmo pedaço não é utilizado por feixes adjacentes, pois isso poderia causar interferência.

 

Com isso ganham enormemente em eficiência, o que resulta em grande redução de custos operacionais e preços menores para o consumidor final. Mas esse tipo de tecnologia pode também ser usada com Banda Ku e sem dúvida veremos novos satélites spot beam nesta banda. Por isso não se trata de uma característica exclusiva da Banda Ka.

 

Velocidade de transmissão

Considerando a mesma modulação, as ondas com maior frequência conseguem transportar uma maior quantidade de dados num determinado espaço de tempo se comparadas a ondas com menor frequência. Por esta razão a Banda Ka é capaz de atingir maiores velocidades de transmissão do que a Banda Ku.

Vale reforçar, entretanto, que dependendo da modulação utilizada, a Banda Ku pode apresentar maiores velocidades em função do uso mais eficiente do espectro.


Qual das duas Bandas devo escolher?

Depende. Não existe uma banda melhor do que a outra pura e simplesmente. A escolha da banda vai depender das necessidades em questão. Aplicações que dependem de confiabilidade, estabilidade e disponibilidade do sinal serão mais bem atendidas pela Banda Ku. No setor elétrico, por exemplo, existem operações reguladas e críticas para o bom funcionamento do SIN (Sistema Interligado Nacional), como é o caso da comunicação dos agentes de geração e transmissão com o órgão operador do sistema, o ONS, que tem como requisito uma disponibilidade de 99,98%. Não é possível entregar este índice de disponibilidade com Banda Ka. Por isso, este tipo de enlace conta com canais de comunicação em banda Ku.

No caso de um uso residencial ou mesmo empresarial de menor criticidade (como um simples acesso à internet, ou acesso a sistemas que se falharem não interrompam as atividades da empresa), a Banda Ka pode ser a opção ideal pelo custo mais acessível. Também no caso de um uso mais intenso da rede, como para assistir vídeos, por exemplo, a banda Ka é capaz de entregar maiores taxas de transmissão de dados. Contudo, a maioria dos planos de comunicação via satélite com banda Ka possui franquia de dados. Então mesmo que a velocidade seja boa, quando a franquia é atingida o usuário fica sem sinal ou fica com um sinal com velocidade bem reduzida. Esse é um ponto de atenção.

É importante mencionar também, que a qualidade do enlace de comunicação não depende apenas da banda. Existem várias outras variáveis envolvidas, como taxa de contenção, modulação etc. Assim, é possível um link em Banda Ku entregar maior velocidade do que em Ka dependendo de como forem configuradas estas outras variáveis. Do mesmo modo, um link em Ka pode ser mais estável do que um link em Banda Ku.

Por isso é muito importante a escolha do fornecedor, pois muitas destas outras variáveis que mencionamos serão afetadas pela capacidade técnica e seriedade do seu fornecedor.

 

Clique aqui e leia mais
Briskcom

Há 21 anos desenvolvendo soluções de conectividade para empresas com operação em todo o Brasil.

Estas são algumas das empresas que ajudamos ao longo da jornada:

Confiabilidade

Especialistas em operações de missão crítica

Somos especializados em desenvolver soluções de conectividade para empresas com operação em ambientes de missão crítica, onde pequenos erros podem se tornar grandes problemas e a qualidade total da prestação de serviços é um pré-requisito.

Solicite uma proposta

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar usando nosso site você aceita a utilização. Leia nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.